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A câmara clara

  • Foto do escritor: giovannasabbag
    giovannasabbag
  • 29 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura


O livro de Barthes trata do tema fotógrafia, mas com uma óptica filosófica. Pra ele a fotografia é o cerne, o olhar artístico está presente e guia sempre o leitor sobre que o objeto representa. Nessas estão as três práticas referidas por ele: "fazer, suportar, olhar".


Em sua obra o autor faz uma análise profunda da fotografia. Sobre que é uma foto documental, aquelas encontradas revistas, jornais, livros, entre outros e o que a foto significa. Barthes faz uma análise sobre a imagem, o que ela diz ou a intenção que ela revela, qual seu foco principal, qual a captação que foi feita, como ela toca quem a vê. Ele utiliza fotos de diversos artistas para lançar-se nesse entendimento sobre o tema. Três elementos estão ligados numa fotografia: o fotógrafo, o espectador e o alvo.


“... Eu tinha de convir que meu prazer era um mediador imperfeito e que uma subjetividade reduzida a seu projeto hedonista não podia reconhecer o universal. Eu tinha de descer mais ainda em mim mesmo para encontrar a evidência da fotografia, essa coisa que é vista por quem quer que olhe uma foto e que a distingue, a seus olhos, de qualquer outra imagem...” Barthes, 1980.


É o olhar, subjetivo de quem vê a foto, que a torna um instrumento poderoso, dado o sentimento e sensações que provoca. Sem isso, a fotografia possivelmente seria um mero registro, um documento que fixaria um determinado momento. Mas o observador vê mais, é capaz de enxergar e colocar essa foto/cena em diferentes aspectos e fazer uma interpretação do que foi captado pelo fotógrafo. Algo o tocará para que preste atenção na foto.


O livro tem certa complexidade pela maneira ímpar de Barthes observar o objeto de estudo, mas, ao mesmo tempo, essa complexidade é didática, inteligível. Ele volta seu olhar de maneira ampla, profunda, sem ser disperso e toca a quem gosta de fotografia como arte. De fato é um livro que não pode faltar em nossa biblioteca pessoal. Vale pelo tema, pela profundidade, pela filosofia contida, pela obra como um todo. E, logicamente, por sua representatividade na literatura do gênero.



(Fontes: “A Câmara Clara” Roland Barthes e Tomo Literário)


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